Sim, eu tenho desejos maiores. Acredito na Força Suprema do Universo, creio que a existência possui uma finalidade superior, abomino a idéia simplista de que meu destino final aqui na Terra é o de servir para alimentar vermos no caixão. Essa é a oração a qual recorro agora, como filha pródiga que cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. No livro Mosca Azul, guardei comigo a sabedoria poética de Frei Betto, quando ele escreve: “o júbilo do coração quase sempre paga tributo se ainda não descobrimos os vôos do espírito”. Quero o alçar os vôos do espírito e apreciar as paisagens que não podem ser vistas em alguns lugares baixos que ainda costumo visitar dentro de mim. Quero adotar como princípio pessoal, a assertiva da pintora Frida Khalo: Pés, para que servem? Se tenho asas para voar! Já paguei meus tributos por não realizar os vôos do meu espírito. Como o deus Hermes, tenho asas nos pés.
A crise de fragmentação que atinge a humanidade é resultado da insistência em permanecermos atados às nossas ilusões, aos nossos caprichos, aos nossos quereres (que estão sempre ocultando outros quereres), aos nossos medos e covardias. No livro A Arte de Conhecer a si mesmo, o filósofo Shoppenhauer considera que deveríamos “querer o menos possível e conhecer o mais possível”. Operamos em nós uma perniciosa cisão entre diversos desejos, vontades e, ao invés de nos multiplicarmos, nos fracionamos em pessoas e situações, nos fragmentando sem ampliarmos nossas percepções para a inteireza do nosso ser.
Formidável estudiosa da poítiica, da filosofia, da educação do século XX, Hanna Arendt considerou: “A condição humana compreende algo mais que as condições nas quais a vida foi dada ao homem”. A vida sempre nos impõe o algo a mais do que as condições em que vivemos, os desafios que nos são impostos na vida emocional, na vida material, na convivência com o outro. As "crises do sentido da vida", certos vazios existenciais que nos visitam vez por outra é a existência que começa a requerer um sentido maior (além do puramente material). Judeu como Hanna Arent, um dos maiores gênios da humanidade, o físico Albert Einstein certa vez mencionou a beleza da nossa natureza, afirmando: “Minha condição humana me fascina”. Em um diálogo afim, Leonardo Boff considera: “O ser humano é um projeto infinito” – explicando que “nos recusamos a aceitar a realidade que nos cerca porque somos mais, nos sentimos maiores do que tudo o que nos cerca”. Einstein, Hanna Arendt, Boff: todos enxergaram a imensidão do nosso ser. Recuso-me a exercer a mendicância voluntária a que nos submetemos, com frequência, diante da superficialidade e da artificalidade dos fatos e episódios, quero mais do que catar migalhas das sobras de um quintal pessoal que não preenche a imensidão do meu ser. Como Frida Khalo, tenho asas. E, de cima, a paisagem é um deslumbramento ótico.
A crise de fragmentação que atinge a humanidade é resultado da insistência em permanecermos atados às nossas ilusões, aos nossos caprichos, aos nossos quereres (que estão sempre ocultando outros quereres), aos nossos medos e covardias. No livro A Arte de Conhecer a si mesmo, o filósofo Shoppenhauer considera que deveríamos “querer o menos possível e conhecer o mais possível”. Operamos em nós uma perniciosa cisão entre diversos desejos, vontades e, ao invés de nos multiplicarmos, nos fracionamos em pessoas e situações, nos fragmentando sem ampliarmos nossas percepções para a inteireza do nosso ser.
Formidável estudiosa da poítiica, da filosofia, da educação do século XX, Hanna Arendt considerou: “A condição humana compreende algo mais que as condições nas quais a vida foi dada ao homem”. A vida sempre nos impõe o algo a mais do que as condições em que vivemos, os desafios que nos são impostos na vida emocional, na vida material, na convivência com o outro. As "crises do sentido da vida", certos vazios existenciais que nos visitam vez por outra é a existência que começa a requerer um sentido maior (além do puramente material). Judeu como Hanna Arent, um dos maiores gênios da humanidade, o físico Albert Einstein certa vez mencionou a beleza da nossa natureza, afirmando: “Minha condição humana me fascina”. Em um diálogo afim, Leonardo Boff considera: “O ser humano é um projeto infinito” – explicando que “nos recusamos a aceitar a realidade que nos cerca porque somos mais, nos sentimos maiores do que tudo o que nos cerca”. Einstein, Hanna Arendt, Boff: todos enxergaram a imensidão do nosso ser. Recuso-me a exercer a mendicância voluntária a que nos submetemos, com frequência, diante da superficialidade e da artificalidade dos fatos e episódios, quero mais do que catar migalhas das sobras de um quintal pessoal que não preenche a imensidão do meu ser. Como Frida Khalo, tenho asas. E, de cima, a paisagem é um deslumbramento ótico.
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