sexta-feira, 15 de abril de 2011

Oração aos sujeitos ocultos



Sou feita da transfiguração dos verbos irregulares, do intransitivo que transita pelo conjugar dos sujeitos.

Nos meus períodos e orações, celebro, com freqüência, as festas no convento, a alegria na abadia.




Entre o niilismo e o hedonismo, o primeiro me cai bem melhor, bem mulher.
Abomino os verbos defectíveis, os sujeitos indeterminados.


Sujeitos inde...terminados.

Prefiro as FR-ases com predicados.

A redundância me provoca enfado.

A rigidez alheia é um ex-fardo.

Sou fada de farda.

Vara de condão para minha magia é o dia.

A real-idade é um filme proibido para menores.

Ficção nunca foi meu chão.

Recito Barthes, na Aula do Collège de France: “a língua é fascista porque obriga a dizer”.

A semântica romântica nunca existiu.

Só a retórica caótica. E pura(mente) teórica.

Repito Paulo aos Coríntios: “A letra mata, mas o espírito vivifica”.

Meu preço é o apreço.

Sem pre(juízo).

Mostra o Mestre: “A verdade vos libertará”,

Reviso o poema lúdico, agora em edição ampliada:


Palavra com palavra só se escreve o dicionário de um amor analfabeto.

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