quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Pelo direito às delícias em 2012



Os versos de Tom jamais se rendem aos equívocos existenciais, ressurgindo com vigor, como se tivessem a missão de anunciar sempre uma nova e inevitável estação. Wave é uma dessas canções que narra a despretensão de apenas contemplar e não dizer, mas que acaba revelando tudo, sem enredar-se em elucubrações inúteis, com sua métrica simples e, como tal, indispensável à realidade de VIVER. O trecho “O resto é mar e tudo o que eu não sei contar...” dispensa maiores firulas, tessituras e rocamboles neuróticos do gênero. A paisagem linda diante dos olhos se basta. Nada mais interessa. Um Jobim meio caymmiano propício aos momentos em que o tempo sequer existe.
São coisas lindas que eu tenho pra te dar” expressa a singela proposta de mimos, aconchegos e chamegos, em um encontro quase improvável, mas atropelado pela força da inevitabilidade, provocada pelo Mistério Supremo, o Senhor das Confluências. As tais coisinhas lindas que eu tenho pra te dar, em arranjo manhoso de Bossa, hão sempre de vigorar, sob a égide da equação simbólica franciscana. Foi a imagem dele, em 20 de novembro de 2011, de São Francisco de Assis, que me saudou de manhã, em um banheiro de casa de praia, anunciando: “é dando que se recebe”. Os dias que seguem têm sido tatuados pela generosidade. Palavras enfeitadas com códigos de ternura, apertando laços em almas que se rasgam sem amarras. O ideograma na nuca, tatuado pelo cinismo do destino, anuncia seu significado: verdade.
De Jobim a Sinatra, ao som de My Way, dançam abraçadas certas emoções que emergem à superfície, aflorando sensibilidades jamais esgotadas, entregues ao imperativo do novo, ajoelhadas diante da dádiva da Vida, impondo sua grandiosidade em cada pequeno gesto. Pelo irrevogável direito a delícias em 2012! Ainda que o tempero das prováveis amarguras seja adicionado, para apurar o paladar, neste generoso banquete que se chama Vida. Feliz!


sábado, 24 de dezembro de 2011

Tim! Tim!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

É PERMITIDO SER FELIZ

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Políticos brasileiros aparecem em lista de 'maiores bobagens'


Declarações de três políticos brasileiros integram o "livro das maiores bobagens da história" (Book of All-Time Stupidest: Top 10 Lists) feita por dois autores americanos
Aparecem na coletânea, lançada em outubro, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e João Figueiredo (1979-1985) e o ex-deputado João Alves.
 
As frases estão em grupos diferentes no livro dos irmãos Ross e Kathryn Petras, dividido em listas de "dez mais". 

FHC figura na parte sobre "coisas mais inacreditavelmente ditas por pessoas ricas" com um comentário de agosto de 1998, feito a moradores de uma favela no Rio.

"Não vamos prometer o que não dá para fazer. Não é para transformar todo mundo em rico. Nem sei se vale a pena, porque a vida de rico, em geral, é muito chata", disse o tucano, em meio à campanha para se reeleger.

Na lista das "mais idiotas repetições ideológicas" está Figueiredo com a frase: "Vou fazer deste país uma democracia, e, se alguém for contra, eu prendo e arrebento".
Essa declaração, porém, não foi dita pelo último presidente do regime militar (Figueiredo morreu em 1999).

A primeira parte ("vou fazer deste país uma democracia") data de janeiro de 1979, mas a segunda ("se alguém for contra, eu prendo e arrebento") é de outubro de 1978, na primeira entrevista após ser declarado presidente e anunciar a abertura política. 


Em "a defesa mais espantosamente plausível e horrivelmente razoável", está o depoimento do então deputado João Alves (1919-2004) à CPI do Orçamento, em 1993.

Questionado sobre o enriquecimento, disse: "Fácil. Ganhei tudo na loteria. Ganhei 125 vezes nos últimos dois anos". Descobriu-se que ele lavava dinheiro na loteria.


Texto: Folha On line