segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pateta desde criancinha


Campanha do Facebook pede para cada usuário substituir a foto do perfil por um personagem de quadrinhos ou desenho animado.

Dedico-me a tecer, portanto, considerações infantilóides, de conteúdo impróprio para adultos.

Embora a natureza mostre ser desnecessário explicar, serei para sempre Pateta.

Pateta: cão antropomórfico de físico magro, esguio, alto e desengonçado, conhecido pelo público por seu jeito atrapalhado, engraçado e bondoso e chapéu singular. Criado por Walt Disney, em 1932.

Abomino os ratos, do tipo Mickey: esperto, chato, sabichão.

Os idiotas são mais afáveis.

Não me apetecem os heróis, milimetricamente projetados para o êxito, garantindo o final feliz do roteiro e negando as lógicas difusas, mencionadas por Martín-Barbero.

Detesto Mickeys, Rabugentos, o Dick Vigarista.

Prefiro a lerdeza ingênua de um Pateta que, até para se transformar em Super, precisa comer amendoins baratos.

Kriptonita enfraque. Amendoins são afrodisíacos.

Aprecio o desleixo despretensioso de um Peninha e seu rico universo bagunceiro à monotonia de um Tio Patinhas, no círculo enfadonho da Sala de Preocupações.

Admiro o Salsicha mais do que a Penélope Charmosa: fútil, inútil.

O Zé Buscapé e a Lula Lelé caem bem em mim.

A realidade é que nem sempre desenhos e fantasias são garantia para as melhores animações.





























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