Campanha do Facebook pede para cada usuário substituir a foto do perfil por um personagem de quadrinhos ou desenho animado.
Dedico-me a tecer, portanto, considerações infantilóides, de conteúdo impróprio para adultos.
Embora a natureza mostre ser desnecessário explicar, serei para sempre Pateta.
Pateta: cão antropomórfico de físico magro, esguio, alto e desengonçado, conhecido pelo público por seu jeito atrapalhado, engraçado e bondoso e chapéu singular. Criado por Walt Disney, em 1932.
Abomino os ratos, do tipo Mickey: esperto, chato, sabichão.
Os idiotas são mais afáveis.
Não me apetecem os heróis, milimetricamente projetados para o êxito, garantindo o final feliz do roteiro e negando as lógicas difusas, mencionadas por Martín-Barbero.
Detesto Mickeys, Rabugentos, o Dick Vigarista.
Prefiro a lerdeza ingênua de um Pateta que, até para se transformar em Super, precisa comer amendoins baratos.
Kriptonita enfraque. Amendoins são afrodisíacos.
Aprecio o desleixo despretensioso de um Peninha e seu rico universo bagunceiro à monotonia de um Tio Patinhas, no círculo enfadonho da Sala de Preocupações.
Admiro o Salsicha mais do que a Penélope Charmosa: fútil, inútil.
O Zé Buscapé e a Lula Lelé caem bem em mim.
A realidade é que nem sempre desenhos e fantasias são garantia para as melhores animações.
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