Não
coleciono ambições no pescoço ou outras gargantilhas-algema.
Nem
invejo os bolsos estufados e os cenhos franzidos de quem sorri com avareza
entre os dentes estragados de ouro.
Divirto-me
com a maior das minhas ambições: rir dos ambiciosos, os canalhas que peidam o
azedume de seus esquemas.
São
cães que lambem as próprias patas sujas de lama. Cachorros grandes.
Lambuzam-se
de seus excessos.
Estou
aqui de passagem, carregando a mochila da liberdade.
Meu
destino é longe daqui.
Meu
reino também não é deste mundo.
Prefiro
a companhia dos andarilhos sem morada, dos esquálidos com fome, dos
despretensiosos audaciosos.
Não
sou amiga dos reis.
Meu
saber é o sabor.
Meu
poder não tem pudor.
Sou
passarinho.
E como é bom sermos libertos das ambições. Lindo espaço. Se desejar dê uma passadinha pelo meu Infinito Particular...
ResponderExcluirDeixo um abraço
Obrigada! Estarei lá, torcendo para não me perder ao entrar. Um abraço, Malu.
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